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terça-feira, 8 de setembro de 2015

Isso não se faz!


E aí pessoas, tudo bem?

Faz quase um ano que não posto nada no blog e acredito que é hora de voltar.

Algumas pessoas já haviam me dito que manter um blog não é fácil e, com essa vida corrida, quase não sobra tempo pra nada, masssss, como eu sempre digo: “quem quer faz, quem não quer arruma uma desculpa”!

Vamos lá...

Hoje vou contar, não um mico, mas uma situação engraçadíssima que eu e meu primo passamos esses dias com a nossa vó!

Pra quem conhece minha família, sabe que minha avó chama os netos carinhosamente de ‘bandidos’. Quem é mais chegado sabe que o termo não denota o real sentido da palavra, mas que caracteriza bem os netos que adoram pregar peças na querida vó Páscoa!

A última, que é a história que vou contar, foi um trote de aproximadamente 15 minutos, que quase descobrimos toda a vida passada da nossa 'vózinha'.

Já tinha mais de 10 dias que eu não falava com ela e eu e meu primo resolvemos ligar e pregar mais uma peça, como ‘bandidos’ que somos.

Ligamos e eu comecei a falar com voz de senhorinha, bem velhinha. Voz trêmula, que é difícil descrever, mas aquela voz cansada e meiga de avó e a conversa foi assim:

Eu: Alô ô ô ô dona P á á á áscoa

Vó: Alô

Eu: A senho o o o ra sabe quem esta fal a a a ndo?

Vó: Não?! (voz de curiosa)

Eu: Poxa Dona Páscoa, a senhora não l e e e mbra da minha voz? Fizemos tantas coisa a a as j u u untas...

Vó: Aí meu Deus, quem será que é? (voz de curiosa ao quadrado)

Eu: Tenta adivi i i i nhar!!!

Vó: Aí quem será? Dá uma dica pelo menos! (voz de entusiasmo)

Nem precisa dizer que eu e meu primo ríamos muito do outro lado e então ele assumiu a fala e sem minha vó perceber, continuou:

Primo: Dona Páscoa, a senho o o ora não lembra que a gente ia paquera a a ar os ‘broto’ na praça lá em Louveira?

Vó: (5 segundos de silêncio) aí meu Deus..... Ireeeene???? (voz de felicidade)

Nessa hora quase caímos da cadeira de tanto rir, mas tentamos nos recompor, já que agora estávamos personificados e seria mais fácil levar a conversa, apesar de descobrir que minha vó ia na praça flertar com os brotos... :(

Meu primo foi falando e levando a conversa perguntando da família, se tudo estava bem e etc., até ele perguntar:

“Irene”: Dona Pásco o o a, como se chama mesmo aquele seu neti i i inho que nasceu com as ‘perninha’ torrta? (Pra quem não sabe ele se referia a mim, que nasci com as pernas parecidas com tacos de golfe e, depois de operar, usei botas ortopédicas até os 7 anos de idade).

Vó: O Fernando, filho da Sandra!

“Irene”: Aí, esse mesmo! Eu vi ele esses ‘dia’ na cidade abraçado com um rapaz forrte! Ele está namorando? (Eu rindo quase até me acabar do lado).

Vó: Deve ser algum amigo!

“Irene”: Aí Pá á á áscoa, desculpa, mas amigo beija na boca? Vi eles dando uns ‘beijo’ de língua e tudo! Não se largavam no meio da cidade, pode?!

Vó: Silêncio total. Uns 10 segundos, até meu primo falar novamente:

“Irene”: Al ô ô ô?

Vó: Não era ele então, meus 'neto' são tudo homem e gostam de mulher. (voz de se liga sua vagaba véia). 


Rimos muito essa hora e percebemos que ela não estava mais feliz falando com a sua velha amiga de paqueras e começou a desconfiar, porque deve ter escutado as risadas de fundo. A gente não aguentava de tanto rir.

Vó: QUEM É QUE ESTÁ FALANDO? (muito brava).

Quando revelamos que éramos os ‘bandidos’ da vó, acredito que se estivéssemos do lado teríamos levado uma cintada! :O

A gente ria e ela xingava: SEUS PEEEESTE, PORCO CANE, ORDINÁRIOS, BANDIDOS, BAÚCO, SALÁME, fica pegando a vó!!!! Pra quem é de família italiana vai se familiarizar com esses xingamentos.

Depois de muito xingar, se acalmou e riu junto, falando que já estava quase mandando a “Irene” ir a merda, porque ligou lá pra ficar falando aquelas coisas. E ainda disse: conheço meus ‘neto’, são tudo machão! Kkkk valeu vó, é nóis!:)

Bom, acho que agora deu pra entender o porquê temos esse carinhoso apelido.

Você também gosta de pregar peças carinhosas na sua vovó? Manda a história pra eu publicar aqui no Blog.

Se você curtiu compartilha, se não curtiu, compartilha também vai?! hehe


Beijos, abraços e até a próxima! 

Luís Vaccari