E aí pessoas, tudo bem?
Faz quase um ano que não posto nada no blog e acredito que é
hora de voltar.
Algumas pessoas já haviam me dito que manter um blog não é
fácil e, com essa vida corrida, quase não sobra tempo pra nada, masssss, como
eu sempre digo: “quem quer faz, quem não quer arruma uma desculpa”!
Vamos lá...
Hoje vou contar, não um mico, mas uma situação
engraçadíssima que eu e meu primo passamos esses dias com a nossa vó!
Pra quem conhece minha família, sabe que minha avó chama os
netos carinhosamente de ‘bandidos’. Quem é mais chegado sabe que o termo não
denota o real sentido da palavra, mas que caracteriza bem os netos que adoram
pregar peças na querida vó Páscoa!
A última, que é a história que vou contar, foi um trote de aproximadamente 15 minutos, que
quase descobrimos toda a vida passada da nossa 'vózinha'.
Já tinha mais de 10 dias que eu não falava com ela e eu e
meu primo resolvemos ligar e pregar mais uma peça, como ‘bandidos’ que somos.
Ligamos e eu comecei a falar com voz de senhorinha, bem
velhinha. Voz trêmula, que é difícil descrever, mas aquela voz cansada e meiga
de avó e a conversa foi assim:
Eu: Alô ô ô ô dona P á á á áscoa
Vó: Alô
Eu: A senho o o o ra sabe quem esta fal a a a ndo?
Vó: Não?! (voz de curiosa)
Eu: Poxa Dona Páscoa, a senhora não l e e e mbra da minha
voz? Fizemos tantas coisa a a as j u u untas...
Vó: Aí meu Deus, quem será que é? (voz de curiosa ao
quadrado)
Eu: Tenta adivi i i i nhar!!!
Vó: Aí quem será? Dá uma dica pelo menos! (voz de
entusiasmo)
Nem precisa dizer que eu e meu primo ríamos muito do outro
lado e então ele assumiu a fala e sem minha vó perceber, continuou:
Primo: Dona Páscoa, a senho o o ora não lembra que a gente
ia paquera a a ar os ‘broto’ na praça lá em Louveira?
Vó: (5 segundos de silêncio) aí meu Deus..... Ireeeene???? (voz
de felicidade)
Nessa hora quase caímos da cadeira de tanto rir, mas
tentamos nos recompor, já que agora estávamos personificados e seria mais fácil
levar a conversa, apesar de descobrir que minha vó ia na praça flertar com os
brotos... :(
Meu primo foi falando e levando a conversa perguntando da
família, se tudo estava bem e etc., até ele perguntar:
“Irene”: Dona Pásco o o a, como se chama mesmo aquele
seu neti i i inho que nasceu com as ‘perninha’ torrta? (Pra quem não sabe ele
se referia a mim, que nasci com as pernas parecidas com tacos de golfe e, depois
de operar, usei botas ortopédicas até os 7 anos de idade).
Vó: O Fernando, filho da Sandra!
“Irene”: Aí, esse mesmo! Eu vi ele esses ‘dia’ na
cidade abraçado com um rapaz forrte! Ele está namorando? (Eu rindo quase até me
acabar do lado).
Vó: Deve ser algum amigo!
“Irene”: Aí Pá á á áscoa, desculpa, mas amigo beija na
boca? Vi eles dando uns ‘beijo’ de língua e tudo! Não se largavam no meio da
cidade, pode?!
Vó: Silêncio total. Uns 10 segundos, até meu primo falar
novamente:
“Irene”: Al ô ô ô?
Vó: Não era ele então, meus 'neto' são tudo homem e gostam
de mulher. (voz de se liga sua vagaba véia).
Rimos muito essa hora e percebemos que ela não estava mais
feliz falando com a sua velha amiga de paqueras e começou a desconfiar, porque
deve ter escutado as risadas de fundo. A gente não aguentava de tanto rir.
Vó: QUEM É QUE ESTÁ FALANDO? (muito brava).
Quando revelamos que éramos os ‘bandidos’ da vó, acredito
que se estivéssemos do lado teríamos levado uma cintada! :O
A gente ria e ela xingava: SEUS PEEEESTE, PORCO CANE, ORDINÁRIOS,
BANDIDOS, BAÚCO, SALÁME, fica pegando a vó!!!! Pra quem é de família italiana
vai se familiarizar com esses xingamentos.
Depois de muito xingar, se acalmou e riu junto, falando que
já estava quase mandando a “Irene” ir a merda, porque ligou lá pra ficar
falando aquelas coisas. E ainda disse: conheço meus ‘neto’, são tudo machão!
Kkkk valeu vó, é nóis!:)
Bom, acho que agora deu pra entender o porquê temos esse
carinhoso apelido.
Você também gosta de pregar peças carinhosas na sua vovó?
Manda a história pra eu publicar aqui no Blog.
Se você curtiu compartilha, se não curtiu, compartilha
também vai?! hehe
Beijos, abraços e até a próxima!
Luís Vaccari