Almoço que não caiu bem.

Bom gente, vou compartilhar aqui mais um dos micos que me acompanharam até hoje, mas que gostaria de me livrar…

Muitas histórias que colocarei aqui aconteceram comigo na antiga empresa que trabalhei. Vários dos meus amigos leitores saberão, pois estavam presentes e foram testemunhas oculares para provarem que esse blog não é fictício e que os micos aconteceram de verdade, na íntegra! :) 'Testemunhas oculares' tá parecendo conto de romance policial, mas beleza...

Isso aconteceu em meados de 2008/2009 e era pra ter sido mais um dia normal. 

Acorda, toma banho, vai para o trabalho, almoça, volta do almoço, toma café da tarde, volta pra casa, janta, assiste TV ou lê um livro antes de dormir e dorme para começar tudo de novo, mas, infelizmente esse dia não foi assim. Pelo menos até a hora de voltar do almoço

O RH da empresa havia colocado umas mesas de pebolim, bilhar e tênis de mesa para os funcionários sedentários. Parece pouco, mas para muitos era a única atividade física diária além de levantarem a mão pra digitar no teclado do computador ou cutucar o nariz enquanto ninguém olhava.

O problema era o retorno para as salas, que voltávamos, segundo meu ex chefe uns ‘gambazinhos’. Até pediram para colocar na cesta básica um desodorante de efeito duradouro como item obrigatório.

Lembro que fiquei viciado em jogar tênis de mesa. Sempre gostei desde adolescente e cheguei a participar dos jogos regionais de Várzea Paulista! Chique demais! #SQN.

Nesse dia, como outro qualquer, almocei rápido pra chegar logo à mesa para poder jogar por mais tempo com a turma, mas uma poça de água dentro do refeitório mudou todo o rumo da minha vida, pelo menos durante as três semanas seguintes.

Gente, o refeitório era grande e estava lotado… Cabia mais de 120 pessoas tranquilamente e ficava aquele barulho de feira, com todo mundo conversando mas, o barulho da bandeja e do prato rolando pelo chão nesse dia fez com que o silêncio pairasse no ar…

Até que analisando de fora, foi o tombo mais bonito do ano. Imagine em câmera lenta. Sabe aqueles tombos que você tira os dois pés do chão e cai em um ângulo reto até se estatelar no piso? Então, foi desses. O pior era a bandeja na mão que eu não larguei. Parecia aquela prova do programa do Silvio Santos que tinha que escorregar sem derrubar os copos...

Eu lembro que ainda estava no chão deitado com a bandeja na mão (só a bandeja, porque o copo, prato, talheres estavam um em cada canto) e de olhos fechados ainda eu pensava: o que eu faço agora? Levanto? Finjo que desmaiei? Finjo um ataque epiléptico e começo a babar? finjo que morri? Corto os pulsos? (ah, esse não dava pois a faca estava longe). MEUS DEUS… :(

Só lembro que antes de levantar olhei para as mesas mais próximas e vi todos os tipos de pessoas: as que estavam rindo na cara dura mesmo. Normalmente esses são os mais chegados. As que estavam de costas mas dava pra saber que riam, pois os ombros as entregavam e as com cara séria, me perguntando se estava tudo bem, se tinha me machucado, etc.

A hora que eu levantei, eu sentia minha cara ferver como nunca. Se eu puxasse a gola da camisa sairia vapor pelos lados, igual aquelas chaleiras antigas.

Além da vergonha, ainda estava todo molhado por causa da água que estava no chão, o que me ajudou a não esquecer do tombo por um bom tempo na parte da tarde. :)

Eu adquiri certo trauma para entrar no refeitório desde esse dia. O tombo foi tão feio, que quando eu fui reclamar com a encarregada da cozinha que o chão estava molhado e que poderia ter me machucado sério e etc., ela me atendia com a cara de riso. "Sim Luís, você tem razão e blá blá blá”, mas no pensamento: “RÁÁÁ OTÁRIOOOOOO” Nem ela conseguia disfarçar :’( 

Só sei que passei de frequentador da área de recreação para o motivo da recreação da galera durante algumas semanas… Não precisava dizer nada. Elas só me olhavam, baixavam a cabeça e riam!

Esse mico foi de doer, literalmente, mas terão piores prometo! Sim, é possível!

Já passou por algo parecido? Mande no meu e-mail (prof.luisvaccari@gmail.com) ou pelo inbox do Facebook sua história. Vamos rir juntos… 

Abraços a todos