Essa história não chega a ser um mico, pois os micos requerem testemunhas que evidenciam o fora, mas com certeza essa situação também foi bem atípica, pode crer. :)
Quando somos adolescentes, inexperientes e com pouca bagagem ainda de vida, resolvemos achar que somos adultos e optamos por namorar, já desde cedo.
Tive uma namorada há muito tempo atrás que ficamos por muito tempo e, como todo namoro, o começo foi fantástico, mas depois que passou o tempo e fomos crescendo, descobrimos que não era aquilo que quereríamos para o resto da vida. Como já dizia Raul Seixas: “Ninguém nessa vida é feliz tendo amado uma vez”, mas enfim… Com quase três anos de namoro, tivemos uma época de termina e volta, termina e volta, termina e volta. É aquela novela que nunca acaba, igual a Malhação da Rede Globo.
Em uma situação dessas de termina e volta, eu conheci uma garota, que o nome não vou citar aqui, mas chamaremos de Mirela. Já deixo claro que apenas conheci a garota e não tivemos nada, além de trocar telefones e nunca mais nos encontramos.
Quando voltei com essa minha ex, fomos comer em uma dessas barraquinhas de lanches deliciosos que ficam nas praças da vida, cujos ingredientes principais que deixam o lanche saboroso são as bactérias que vivem e se proliferam na chapa. Em uma ocasião, cheguei na barraquinha e ela estava vazia. Quando o dono voltou me disse: “opa, desculpa… Eu estava ali na árvore ‘tirando água do joelho’. Que nojo… Mas voltando ao foco principal, estávamos lá esperando nosso lanche ficar pronto e ela começou a mexer no meu celular (coisa de mulher). Era moderno para a época. Um Nokia 2280 de última geração. Tinha até aquele jogo da 'cobrinha' que comia os quadradinhos para crescer. Não parece, mas isso já foi pura ostentação…
De repente, minha ex me pergunta com o olho arregalado: "Quem é essa Mirela?”
Eu respondi numa boa dizendo que conheci a menina em um Videokê e só trocamos telefone, nada mais que isso.
A face dela mudou da água para o vinho e já com a cara amarrada disse: “vamos embora”.
E eu calmo, querendo explicar a situação e esperando o lanche ficar pronto quando ela repete, agora em tom mais alto e falando entre os dentes silabicamente: “VAMOS - EM BO RA - A GO RA”.
Por sorte, ou não, vocês já vão entender, os lanches estavam prontos. Fui lá, paguei, peguei os lanches e pedi para ela, por favor segurar, que ela o fez com uma cara de boa vontade diante do meu pedido educado. #SQN.
Estávamos de moto, uma CG 125. Foi meu primeiro veículo motorizado depois de uma mobilete Monark que tive aos 15 anos.
Peguei meu capacete, estilo frango da Sadia, com abinha e sem viseira e ela estava sem. Naquela época a polícia não pegava tão pesado como nos dias de hoje.
Eu estava com um moleton dela emprestado pois no dia fazia um frio danado e já era tarde.
Subimos na moto e fomos. No meio do caminho a conversa foi mais ou menos assim:
Ela: Você ficou com essa menina?
Eu: Já disse que não.
Ela: Fala a verdade pra mim porque não sou idiota.
Eu: Estou dizendo a verdade, não tenho porque mentir.
Ela gritou e disse: QUERO SABER A VERDADE FERNANDO, VOCÊ FICOU COM ESSA MENINAAAAA?
Eu, perdendo a paciência respondi: NÃOOO, NÃO FIQUEI MAS DEVERIA TER FICADO, PELO MENOS VOCÊ ENCHERIA O SACO CO...
A conversa foi interferida quando eu senti a pancada na cabeça. O golpe foi tão forte que eu me inclinei para baixo e quase bati a cara no tanque da moto. :O
Eu só percebi que ela tinha me desferido o golpe com o lanche quando eu vi passar por mim os ingredientes. Foi tomate, hambúrguer, bacon e todo o resto do meu saboroso lanche voando estilhaçado. Tinha até alface no guidón.
Eu parando a moto e ela saltando, ainda com o veículo em movimento, desceu. Eu respirei fundo e também desci já com cara de riso e perguntei: “É pra rir ou pra chorar?”
Ela parada de frente pra mim, de braços cruzados, batendo um dos pés no chão e com olhar de fuzilamento, ainda falando entre os dentes me disse: “DÁ A MINHA BLUSA”.
Porra, tava um puta frio do cacete e eu disse NÃO, que depois devolveria. Ela tornou a pedir: "DÁ A MINHA BLUSA”. E eu: “OK”, já tramando minha vingança.
Tirei o capacete e o pão estava grudado nele. É, o cara caprichava na maionese. Coloquei devagar no banco da moto, tirei a blusa dela com toda calma do mundo, pois a vingança é um prato que se come frio.
Já com a blusa nas mãos, peguei meu capacete e como se fosse um pano de limpeza usei a blusa dela para limpar ele e a moto. Devolvi a blusa olhando bem para ela com cara de riso, dizendo: “tome sua blusa de volta, muito obrigado”. A educação é uma coisa que minha mãe me ensinou desde o berço. :)
Ela pegou e saiu pisando duro sem olhar para trás me deixando ali, rindo.
Nesse dia eu passei fome e frio, mas fui embora com cara de satisfação por ter dado uma bela resposta para uma atitude louca e inconsequente, pois quase os dois se estatelaram no chão depois da porrada que recebi na cabeça.
E pra quem acha que o namoro acabou ali, está enganado. Continuamos por um bom tempo ainda e passamos por várias outras histórias engraçadas, mas que deixarei para uma próxima ocasião.
Esse foi o mico da semana e estou espenrando o de vocês. Não fiquem tímidos. Me mandem que publicarei no blog para rirmos juntos, ok?
Peço também para que se você leu e gostou, compartilhe no seu face fazendo com que a história chegue mais longe e quem sabe um dia eu consiga escrever um livro de contos engraçados, chamado: "MICOGRAFIAS". É só dar um clique aqui embaixo no botão do Facebook e compartilhar. Não custa nada e você vai ajudar esse pobre pagador de micos a divulgar suas histórias.
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Conto com vocês.
Abraços e até a próxima. =D
Luís
:))
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